quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Fabaceae - Erythrina fusca Lour. - mulungu -

Estandarte creme, crasso (f. 1)
Pseudorracemo pêndulo (f. 2)
Alas e quilha creme (f. 3)
Estames e estiletes maiores que a quilha (f. 4)
Quilhas adnatas (f. 5)
estilete maior que os filetes (f. 6)
Ovário tomentoso, estigma capitado (f. 7)
Botões ovados (f. 8)
Glândula no ápice do botão (f. 9)
Folha trifoliolada, folíolos ovados, glabros (f. 10)
Flor pré-antese com estandarte fechado, cálice gamossépalo (f. 11)
Hábito arbóreo (f. 12)
Ramos floridos (f. 13)
Panícula (f. 14)
Estandarte carnoso (f. 15)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae, Erythrina L. 1753. 120 espécies. (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies, das quais 2 são endêmicas (Lima e Martins 2015).

Erythrina L.

Árvores, tronco estriados, armado ou inerme; copa aberta; ramos cilíndricos, tomentoso, armado. Estípula 2, basifixa, lateral. Filotaxia alterna, espiralada. Folhas trifolioladas, folíolos romboides, lanceolados, elípticos, ápice obtuso, agudo, margem inteira, base arredondada, obtusa, raque maior que o pecíolo. Inflorescência terminal, panícula de pseudorracemo, longipedunculada, brácteas caducas; botão falcado.  Flor pedicelada, zigomorfa, monoclina, hipógina; cálice tubuloso ou espatáceo, tomentoso ou glabro; corola papilionácea, pétalas unguiculadas, amarelas, vermelhas; estandarte reflexo, alas livres, menor que as pétalas da quilha; androceu diadelfo, alvo, anteras elípticas, rimosas; gineceu simples, ovário linear, filete maior que o ovário, estigma puntiforme. Legume típico, linear, cilíndrico, valvas coriáceas. Sementes reniformes, vermelha, castanha.

Erythrina fusca Lour., Flora Cochinchinensis 2: 427–428. 1790.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, JBRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.


Referência


-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Krukoff, B.A. & Barneby, R.C. 1974. Conspectus of species of the genus Erythrina. Lloydia 37(3): 332-459.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Lima, H.C. de; Martins, M.V. Erythrina in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 02 Jun. 2015

-Martins, M.V. 2020. Erythrina in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB22967>. Accessed on: 05 Jun. 2021

-Martins, M.V. & Tozzi, A.M.G.A. 2018. Nomenclatural and taxonomic changes in Brazilian Erythrina
(Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae). Journal of the Torrey Botanical Society 145(4): 398–402, 2018. https://doi.org/10.3159/TORREY-D-18-00003.1

-Martins, M.V. 2014. Filogenia do gênero Erythrina L. (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) e revisão taxonômica das espécies ocorrentes no Brasil. 2014. 185 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/314802>. Acesso em: 25 ago. 2018.

-Trusty, J. L., H. C. Kesler & G. H. Delgado. 2006. Vascular Flora of Isla del Coco, Costa Rica. Proc. Calif. Acad. Sci., ser. 4, 57(7): 247–355.

Exsicatas

Herbário Reflora

Fabaceae - Amherstia nobilis Wall. - rainha-das-árvores -

Ramo florido (f. 1)
Inflorescência racemo, pêndulo (f. 2)
ramo com filotaxia alterna, dística (f. 3)
 Estípula linear (f. 4)
 Flores longo-pediceladas (f. 5)
 Bractéolas elípticas vermelhas (f. 6)
pétalas unguiculadas (f. 7)
Bractéolas elípticas (f. 8)
 Botão oblongo (f. 9)
Estames monadelfo, antera dorsefixa (f. 10)
Ovário estipitado, estilete cocleado (f. 11)
Racemo (f. 12)
Tronco cilíndrico (f. 13)
Leguminosae, Detarioideae, tribo Amherstieae BenthAmherstia Wall. 1 espécie (Estrella et al. 2018)


No Brasil ocorre 1 espécie cultivada (BGF 2105).

Amherstia Wall.

Árvore, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral. Filotaxia alterna espiralada. Folha paripinada, multijuga, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo, axilar. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, androceu monadelfo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto legume, linear, plano-achatado.

Amherstia nobilis Wall. Plantae Asiaticae Rariores 1: 1–3, pl. 1–2. 1830[1829].

Árvore, copa assimétrica, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral, lanceolada-falcada. Filotaxia alterna, espiralada. Folha paripinada, 8-14-foliolada, nectário ausente; folíolos opostos, elíptico-oblongos, ápice cuspidado, margem inteira, base rotunda, face adaxial e abaxial glabras, cartáceo, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência racemo, axilar; bractéolas elípticas, vermelhas. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, sépalas 4, corola dialipétala, pétalas 5, heteromorfas, patentes, unguiculadas, vermelhas variegada de amarelo, androceu monadelfo, heterodínamo, estames 10, anteras rimosas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estipitado, pluriovulado. Fruto legume, linear, estipitado, plano-achatado.


Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Jardim botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

-Amherstia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB621341>. Accessed on: 08 May 2021

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lorenzi, H., H.M. Souza, e M.A.V. Bacher, L.B. Torres. 2003. Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa: Plantarum.

Exsicatas

Herbários Reflora

Fabaceae - Elizabetha durissima Ducke - amesclinha -

Filotaxia alterna, dística, folha pinada (f. 1) 
Planta arbórea com 5 m alt. (f. 2)
Fruto legume com valvas lignosas  (f. 3)
Estípulas secas (f. 4)
Folhas e folíolos oblongos, viridescentes (f. 5)
Caule cilíndrico (f. 6)
Legume estipitado, com margem da valva expressa (f. 8)
Pedicelo cilíndrico (f. 9)
Inflorescência paucijuta com 3 frutos (f. 10)

Leguminosae, Detarioideae, Tribo Amherstieae Benth., Elizabetha Schomb. ex Benth. 11 espécies (Estrella et al. 2018)

No Brasil ocorrem nove espécies das quais três são endêmicas (Lima e Martins-Silva 2015)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Referências

-Cowan, R. S. 1976. A taxonomic revision of Elizabetha (Leguminosae-Caesalpinioideae). Proc. Kon. Ned. Akad. Wetensch. 79(4): 323–346.

-Duke, A. 1934.Revision of the species of the genus Elizabetha Schomb. Tropical Woods 37:18-26.

-Estrella, M., Forest, F., Klitgård, B. et al. A new phylogeny-based tribal classification of subfamily Detarioideae, an early branching clade of florally diverse tropical arborescent legumes. Sci Rep 8, 6884 (2018). https://doi.org/10.1038/s41598-018-24687-3

-Lima, H.C. de,Martins-da-Silva, R.C.V. 2015. Elizabetha in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB78688>.

-Morim, M.P. 2020. Elizabetha in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (https://floradobrasil2020.jbrj.gov.br/FB78688).

Exsicatas

Herbários Reflora

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Fabaceae - Martiodendron mediterraneum (Mart. ex Benth.) R.C. Koeppen

 
Flor pentâmera, zigomorfa, isostêmone, pétalas elíptico-obovada, anteras lineares (f. 1)
Flores com pétalas unguiculadas, amarelas (f. 2)
Inflorescência multiflora (f. 3)
Inflorescência terminal, panícula (f. 4)
Folhas compostas, pinadas, folíolos alternos (f. 5)
Árvore de copa fechada (f. 6)
Tronco cilíndrico, casca lisa, madeira amarela (f. 7)

Leguminosae, Dialioideae, Martiodendron Gleason

No Brasil ocorrem 5 espécies das quais 2 são endêmicas (Falcão & Mansano 2021)

Árvore, ramo inerme. Estípula basifixa, lateral. Filotaxia alterna espiralada. Folha imparipinada, folíolos alternos, nectário ausente, nervação broquidódroma, pecíolo menor que a raque. Inflorescência panícula, terminal. Flor pedicelada, zigomorfa, pentâmera, monoclina, hipógina, cálice dialissépalo, 5, corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas, androceu dialistêmone, estames 5, anteras poricidas; gineceu simples unicarpelar, unilocular, ovário súpero, estipitado, uniovulado. Fruto sâmara, séssil, elíptico, plano.

Martiodendron mediterraneum (Mart. ex Benth.) R.C. Koeppen, Brittonia 14(2): 203. 1962.

Fotos: André Cardoso, Pará


Referências

-Bentham G. 1870. In Martius CFP, Endlicher S, Urban I. eds. Leguminosae 2, Swartzieae et Caesalpinieae. Flora Brasiliensis, 15, 2. Monachii, Lipsiae, 80–178.

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015. https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Falcão, M.J.A., Paulino, J.V., Kochanovski, F.J., Figueiredo, R.C., Basso-Alves, J.P., Mansano, V.F. 2020. Development of inflorescences and flowers in Fabaceae subfamily Dialioideae: an evolutionary overview and complete ontogenetic series for Apuleia and MartiodendronBotanical Journal of the Linnean Society, Volume 193, Issue 1, May 2020, Pages 19–46, https://doi.org/10.1093/botlinnean/boz098

-Falcão, M.J.A.; Mansano, V.F. 2020. Martiodendron in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB100888>. Accessed on: 09 May 2021

-Falcão, M., Mansano, V. 2019. Revisão taxonômica e Estudos de Ontogenia Floral na Subfamília Dialioideae (Fabaceae) no Neotrópico. Dissertação de Mestrado. ENBT-JBRJ. Rio de Janeiro. Brasil.

-Gleason, H.A. 1935. Some necessary nomenclatural changes (with one new species). Phytologia 1: 141.

-Koeppen, R.C., Iltis, H.H. 1962. Revision of Martiodendron (Cassieae, Caesalpiniaceae). Brittonia 14: 191–209.

-Lewis G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, H.C. de 2015. Martiodendron in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB23081>.

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

Exsicatas


Herbário Reflora

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Fabaceae - Chamaecrista decora (H.S. Irwin & Barneby) Conc., L.P. Queiroz & G.P. Lewis

Flor longo-pedicelada, cálice homomórfico, oblongo, concavo, pétalas obovadas, amarelas (f. 1)
Ramo florido, folha bifoliolada, glabra, folíolos obovados, nervação palmada, flor assimétrica (f. 2)
Flores amarelas, racemo terminal (f. 3)
Pecíolo com nectário no meio (f. 4)
Folhas alternas, dísticas (f. 5)
Arbusto densamente ramificado (f. 6)

Leguminosae, Caesalpinioideae, Cassieae, Chamaecrista Moench, seção Absus, serie Absoideae (Irwin e Barneby 1982), 330 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 256 espécies, das quais 207 são endêmicas (Souza e Bortoluzzi 2015).




Árvores, arbustos, ervas ou subarbustos, ramos cilíndricos, inerme, glabro ou indumentos tectores ou glandulares. Estípulas laterais, basifixas. Filotaxia alterna-dística ou espiralada. Folhas paripinadas, bi-tetra-hexa-plurifolioladas, nectário presente no pecíolo ou raques, glândula côncava, estipitada ou séssil. Inflorescências terminais ou axilares, cimosas ou racemos. Flores monoclinas, hipóginas, zigomorfas, diclamídeas, pediceladas, bractéolas 2; cálice dialissépalo, sépalas 2, heteromorfas; corola dialipétala, pétalas 5, unguiculadas heteromorfas, amarelas; androceu homo ou heteromorfo, estames 10, anteras com sutura lateral, lanceoladas. Legumes multiespérmicos, plano-compressos, lineares, valvas coriáceas com deiscências elásticas. Sementes com testa lisa, castanho ou enegrecido, hilo basal.


Chamaecrista decora (H.S. Irwin & Barneby) Conc., L.P. Queiroz & G.P. Lewis, Plant Systematics and Evolution 270: 204. 2008.


Basiônimo: Cassia cytisoides var. decora H.S. Irwin & Barneby, Memoirs of The New York Botanical Garden 30: 14–15. 1978.

Fotos: Lais Couto, Parque do Rio Preto, Rio Preto, Minas Gerais



Referências

-Conceição, A.S. 2006. Filogenia do gênero Chamaecrista (Leguminosae-Caesalpinioideae) e taxonomia do grupo Baseophyllum. Tese de doutorado, Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana.

-Conceição, A. S., Queiroz, L. P., Lambert, M. L., Pereira, A. C. S. & Borba, E. L. 2008. Biossistematics of Chamaecrista sect. Absus subsect. Baseophyllum (Leguminosae-Caesalpinioideae) based on allozyme and morphometric analyses. Pl Syst Evol 270: 183–207

-Irwin, H.S. & Barneby, R.C. 1982. The American Cassinae: a synoptical revision of Leguminosae tribe Cassieae subtribe Cassinae in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 35: 455–918.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens.

-Queiroz, R.T. & Loiola, M.I.B. 2009. O gênero Chamaecrista Moench (Caesalpinioideae) em áreas do entorno do Parque Estadual das Dunas de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Hoehnea 36: 725-736.


-Mendes, T.P., Souza, A.O. & Silva, M.J. (2020) Molecular phylogeny and diversification timing of the Chamaecrista sect. Absus subsect.Absus ser. Paniculatae, a newly circumscribed and predominantly endemic of the Cerrado Biome group. Phytotaxa 446 (3): 159–182. DOI: https://doi.org/10.11646/phytotaxa.446.3.2


-Rando, J.G.; Cota, M.M.T.; Conceição, A.S.; Barbosa, A.R.; Barros, T.L.A. 2020. Chamaecrista in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB105507>. Accessed on: 27 Apr. 2021

-Souza, V.C.; Bortoluzzi, R.L.C. Chamaecrista in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 08 Mar. 2015

-Zeferino L.C.; Queiroz, R.T.; Rando J.G.; Cota, M.M; T., Fantini, I.F.; Caetano, A.P.; Fortuna, A.P. 2019. O gênero Chamaecrista (Leguminosae: Caesalpinioideae) no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Rodriguésia [Internet]. [cited 2021 Apr 22].

Reflora