Mostrando postagens com marcador Mimosoideae. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mimosoideae. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fabaceae - Mimosa lewisii Barneby

Fruto craspédio, glabro (f. 1)
Glomérulo pequeno, branco, filetes brancos, anteras amarelas (f. 2)
Pedúnculo com nectários, filete longo, antera elíptica (f. 3)
 
Cálice tubuloso, curto, corola simpétala, verde, muricada (f. 4)
Pedúnculo longo, vinho (f. 5)
Frutos planos, vináceo (f. 6)
Caule cilíndrico, com nectários, vinho, acúleo reto, filotaxia alterna, espiralada (f. 7)
Raque longa, com nectários, folíolos oblongos, estipelas 2 (f. 8)
Filotaxia alterna, espiralada, folha bipinada, face adaxial (f. 9)
Face abaxial (f. 10)
Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae,  sect. Batocaulon DC., ser. Bimucronota(Barneby 1991:161). 490-510 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 358 espécies das quais 265 são endêmicas (Dutra e Morim 2015).

Mimosa L.
Erva, arbusto, árvore ou trepadeira, armadas ou inermes. Estípula caduca ou persistente. Folhas alternas, bipinadas. Inflorescência axilar, espiga ou glomérulo. Flores sésseis, hipóginas, actinomorfas, tubulosas; cálice gamossépalo; corola gamopétalas, androceu dialistêmone, diplo ou isostêmones, estames com filetes vistosos; gineceu 1 pistilo. Fruto tipo craspédio.

Mimosa lewisii Barneby, Brittonia 37(2): 136–139, f. 5. 1985.

Planta arbustiva, ca 2 m alt., pouco difusa; ramo longo, cilíndrico, suavemente estriado, armada, com tricomas glandulares. Estípula 2, estreitamente-triangular, caduca. Folha bifoliolada, 8-10 pares de juga, folíolo linear; foliólulo oblongo-linear, ápice mucronado, arredondado, margem inteira, base assimétrica, truncado, face adaxial e abaxial glabra, membranácea, pecíolo  menor que o comprimento da raque.   Inflorescência terminal, panícula de corimbo de glomérulo; pedúnculo 4-5 vezes maior que o comprimento glomérulo com tricomas glandulares. Flor pequena, séssil, monoica, cálice breve-tubuloso, amarelo, corola tubulosa, 4 lobulada, creme; androceu dialistêmone, estames 8, filetes brancos, antera dorsefixa, rimosa, amarela; gineceu unicarpelar, unilocular, ovário súpero, pluriovulado. Fruto craspédio, breve-estipitado, linear, plano, 8-14 semgentado, marrom, glabro.

Comentário
Mimosa lewisii, se caracteriza por apresentar o hábito arbustivo, com ramos longos, laxos, coberto por tricomas glandulares, inflorescência terminal, corimbo de glomérulo, flor creme com filetes alvos, frutos craspédios, lineares, breve-estipitado, planos, multijugos.

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.

Referências

 
-Barneby, R.C. 1991. Sensitivae censitae: a description of the genus Mimosa Linnaeus (Mimosaceae) in the New World. Memoirs of the New York Botanical Garden 65:1-835.    

-BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4,p.1085-1113. 2015https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411.

-Dutra, V.F.; Morim, M.P. Mimosa in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 09 Mai. 2015

-Dutra, V.F.; Morales, M.; Jordão, L.S.B.; Borges, L.M.; Silveira, F.S.; Simon, M.F.; Santos-Silva, J.; Nascimento, J.G.A.; Ribas, O.D.S. 2020. Mimosa in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Available at: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18874>. Accessed on: 26 Apr. 2021

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007

-Nascimento, J.B.S., A.L.S. Sales, e E.B. Souza. 2020. “Potencial de uso de leguminosas emuma área de mata atlântica na APA da bica do Ipu, Ceará.” Em Agricultura e desenvolvimento tecnológico no semiárido Publisher: Proex uva, por UVA, 215-230. Sobral: Proex-UVA. 

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Silva, J.S. and Sales, M.F. 2008. O gênero Mimosa (Leguminosae-Mimosoideae) na microrregião do Vale do Ipanema, Pernambuco. Rodriguésia [online]. vol.59, n.3 [cited 2021-04-26], pp.435-448.

-Santos-Silva et al. (2015) Revisão taxonômica das espécies de Mimosa ser. Leiocarpae sensu lato (Leguminosae - Mimosoideae). Rodriguésia 66: 95–154. http://dx.doi.org/10.1590/2175-
7860201566107

-Sousa, E.E.; Queiroz, R.T.; Pereira, M.S. 2021. Mimosa L. (Fabaceae) in Cachoeira dos Índios, Paraíba, Brazil. Acta Brasiliensis, [S.l.], v. 5, n. 1, p. 35-43, jan. ISSN 2526-4338. https://doi.org/10.22571/2526-4338334



Exsicatas

Herbário K 653686 126747 653687


Fabaceae - Lachesiodendron viridiflorum (Kunth) P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow

Semente obovada, verde (f. 1)
Semente glabra, pleurograma fechado (f. 1)
Fruto seco, semente castanha (f. 3)
Fruto verde com proeminência na altura da semente (f. 4)
Valvas verdes, cartácea (f. 5)
Valvas secas (f. 6)
Folha composta, bipinada, face adaxial (f. 7)
Folha composta, bipinada, face abaxial (f. 8)
Estípulas espinescentes (f. 9) 
Caule lenticelado (f. 10)
Caule cilíndrico (f. 11)
Tronco adulto (f. 12)
Inflorescência espiga (f. 13)
Pedúnculo menor que a raques da inflorescência (f. 14)
Filetes amarelo-esverdeado (f. 15)
Flores sésseis (f. 16)
Eixo da inflorescência (f. 17)
Flor diplostêmone com cálice e corola tubulosos (f. 18)
Filetes com maiores que o comprimento do tubo da corola (f. 19)
Botões florais evidenciando a prefloração valvar (f. 20)
Hábito arbóreo (f. 21)
Folhas bipinadas (f. 22)




Leguminosae, Mimosoideae, Mimoseae, Lachesiodendron P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow, uma espécie.

No Brasil ocorrem 1 espécie.


 Lachesiodendron P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow

Árvore; ramo com espinho presente. Estípula lateral, basifixa. Folha alterna, espiralada, bipinada. Nectário extrafloral presente. Inflorescência lateral, espiga. Flor séssil, bractéola ausente, hipanto ausente, actinomorfa, monoclina, hipógina, diplostêmone, cálice gamossépalo, corola gamopétala, androceu dialistêmone, homomorfo, filetes verdes, antera rimosa; fruto legume típico, valva coriácea.

Lachesiodendron viridiflorum (Kunth) P.G. Ribeiro, L.P. Queiroz & Luckow, Taxon 67(1): 45–51, Figs. 1–6. 2018.

 
Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco; Casa Nova, Bahia, Brasil.

Nome popular: Jucurutu, surucucu, jacurutu


Referências


-Brazil Flora Group. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia 66(4): 1085–1113.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lewis, G., Schrire, B., Mackinder, B., Lock, M. 2005. Legumes of the World, Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.


-Morim, M.P. Piptadenia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 01 Jun. 2015

-Queiroz, L.P. (2009) Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 913 pp.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.


Herbário K

Fabaceae - Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima

Espiga, com flores sésseis, actinomorfas, anteras alvas com antera (f. 1)
Espigas axilares (f. 2 )
Ramo florido (f. 3)
Folhas bipinadas (f. 4)
Flores com filetes cor de vinho (f. 5)
Sementes aladas, testa lisa, hilo central (f. 6)
Semente grande, orbicular (f. 7) 
Fruto plurisseminado (f. 8)
Fruto legume, valvas glabras (f. 9)
Valvas vermelhas, lisas (f. 10)
Fruto estipitado (f. 11)
Planta arbórea, copa aberta (f. 12)
Folha composta, bipinada, 4 pares de folíolos (f. 13)
Foliólulos oblongos (f. 14)
Ramo cilíndrico, inerme (f. 15)
Caule cilíndrico (f. 16)
Filotaxia subalterna, folíolos subalternos (f. 17)
Folha bipinada (f. 18)
Glândulas no pulvino (f. 19)
Folhas bipinadas (f. 20)


Leguminosae, Caesalpinioideae, Mimoseae, Parapiptadenia Brenan 1963. 6 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorre 6 espécies das quais 4 são endêmicas (Morim 2015).

Parapiptadenia zehntneri (Harms) M.P. Lima & H.C. Lima, Rodriguésia 36(60): 26. 1984.

Sinônimo: Piptadenia zehntneri Harms, Notizblatt des Botanischen Gartens und Museums zu Berlin-Dahlem 8(80): 712–713. 1924.

Árvore até 7 m alt.; tronco estriado, lenticelados, inerme; copa aberta. Estípula basifixa, caduda. Filotaxia alterna-espiralada. Folha bipinada; 4-5-folioladas, folíolos opostos; foliólulos elípticos-oblongos, ápice rotundo, margem inteira, base assimétrica, raque maior que pecíolo; pecíolo com nectário oblongo. Inflorescência axilar, espiga; brácteas não vistas; botão fusiforme. Flor séssil, actinomorfa, monoclina, hipógina, heteroclamídea, diplostêmone; cálice tubuloso, sépalas 5, corola gamopétala, pétalas 5; androceu dialistêmone, estames 10, vinho, filetes maior que o tubo da corola, anteras rimosas; gineceu simples, unicarpelar, unilocular, ovário breve-estipitado, pluriovulados. Fruto legume-típico, breve-estipitado, linear, plano-corrugado, valvas vinho. Sementes orbiculares, margem alada.      
Comentário
Esta espécie é facilmente reconhecida pelas folhas bipinadas e ramos inermes, sendo o tronco cilíndrico, estriado, lenticelado e cinza. O que mais chama atenção são os estames com filetes cor de vinho.
Na Paraíba ocorre no município de São João do Tigre próximo a subida da serra do Paulo.

Nome popular: angico-monjolo; guanabira (Andrade-Lima-1989)

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Catimbau, Pernambuco, Brasil.


Referências

-Andrade-Lima, D. de. 1989. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Ciências,.243p.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)

-Córdula, E., Morim, M.P., & Alves, M. 2014. Morfologia de frutos e sementes de Fabaceae ocorrentes em uma área prioritária para a conservação da Caatinga em Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 65(2), 505-516. https://doi.org/10.1590/S2175-78602014000200012

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B.; Lock, M. 2005.  Legumes of the world. Royal Botanic  Gardens, Kew, 577p.

-Lewis GP (1987) Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.


-Matos, S.S., Melo, A.L.; & Santos-Silva, J. 2019. Clado Mimosoide (Leguminosae-Caesalpinioideae) no Parque Estadual Mata da Pimenteira, Semiárido de Pernambuco, Brasil. Rodriguésia, 70, e01902017. Epub March 18, 2019. https://doi.org/10.1590/2175-7860201970007


-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de S
antana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Morim, M.P. 2020. Parapiptadenia in Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB18920>. Acesso em: 30 Apr. 2021

-Morim, M.P. Parapiptadenia in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Available in: . Access on: 06 Jun. 2015

Exsicatas

Herbários Reflora