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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Fabaceae - Macroptilium atropurpureum (Moc. & Sessé ex DC.) Urb.

Botão verde, estandarte verde, orbicular, alas atropurpúrea (f. 1)
Flores atropurpúreas (f. 2)
Inflorescência laxa (f. 3)
 Flor séssil, cálice campanulado, pétalas heteromórficas, alas orbiculares (f. 4)
Nectário extra-floral no pedúnculo (f. 5)
Quilha retorcida envolvendo o tubo estaminal (f. 6)
Botões falcados (f. 7)
Androceu diadelfo, nectário circular na base do ovário (f. 8)
Folíolo ovado, discolor, cinza na face adaxial, nervura expressa (f. 9)
Folíolo basal oval (f. 10)
Folha trifoliolada, folíolos compostos (f. 11)
Raque curta, < o comprimento do pecíolo, estipelas 2 (f. 12)
Planta prostrada ou trepadeira (f. 13)
Fruto legume típico (f. 14)
Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 11 espécies das quais uma é endêmica (Moura 2015).

Macroptilium (Benth.) Urb. 

Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, racemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.



Basiônimo: Phaseolus atropurpureus Moc. & Sessé ex DC., Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395. 1825.

Planta volúvel, prostrada; ramo longo, cilíndrico, seríceo, cinza, inerme. Estípula 2, triangular, caduca. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada; folíolos basal e apical ovais, ápice obtuso, mucronado, margem inteira, lobada nos folíolos basais, base obtusa, truncada, face adaxial verde, face abaxial indumento seríceo, cinza, discolores, membranáceos, pecíolo 3x maior que o comprimento da raque, estipela 2 na base do folíolo, estreitamente-triangular. Inflorescência axilar, racemo laxo; pedúnculo longo, cilíndrico, seríceo, cinza; botão falcado. Flor subséssil, grande, monoica; cálice bilabiado, longo-campanulado, lacínios 5, triangulares; corola 5, dialipétalas, pétalas unguiculadas, heteromórficas, papilionácea; estandarte orbicular, reflexo, verde; alas orbicular, atropurpúrea; quilha cocleada, vinho; androceu diadelfo, branco, cocleado, filete curto, antera elíptica, rimosa, amarela; gineceu 1, ovário súpero, linear, seríceo, pluriovulado, com nectário circular em sua base; fruto legume, cilíndrico, seríceo, plurisseminado. Sementes oblongas, marmoradas, hilo elíptico, central.

Comentários
Esta espécie é encontrada em terrenos baldios e arenosos. Facilmente reconhecida pelos folíolos basais lobados e as flores atropurpúreas.
Na Paraíba ocorre em João Pessoa nos terrenos baldios dos Bancários.

Potencial: forrageira, fixadora de nitrogênio


Nome popular: feijão de rola

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, João Pessoa, Paraíba; Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referências


-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-De Candolle. 1825. Prodromus Systematis Naturalis Regni Vegetabilis 2: 395. 

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Ribeiro, C.L.; Queiroz, L.P. e Snak, C. 2017. Flora Da Bahia: Leguminosae – Macroptilium (Papilionoideae: Phaseoleae). Anais dos Seminários de Iniciação Científica. N. 17. http://dx.doi.org/10.13102/semic.v0i21.2170


-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

Exsicatas

Herbário P

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Fabaceae - Macroptilium lathyroides (L.) Urb.

Flor atropúrpuea, alas orbiculares (f. 1)
Estandarte reflexo, distinto das alas, ápice retuso (f. 2)
Flor subséssil (f. 3)
Ala obovada, atropurpúrea (f. 4)
Tudo estaminal cocleado, anteras amarelas (f. 5)
Estames diadelfo (f. 6)
Quilha cocleada (f. 7)
Cálice tubuloso, lacínios triangulares (f. 8)
Alas grandes (f. 9)
Pseudorracemo (f. 10)
 Botão falcado (f. 11)
Corola assimétrica (f. 12)
Flores grandes (f. 13)
Brácteas estreitamente-triangulares  (f. 14)
Ovário séssil, verde (f. 15)
Fruto linear, valva castanhas (f. 16)
Filotaxia alterna, dística (f. 17)
Folíolos ovado-oblongo, videscente (f. 18)
Pecíolo longo 3x maior que o comprimento da raque (f. 18)
Folha trifoliolada (f. 19)
Folíolos 3, ápice agudo, margem inteira (f. 20)
Planta subarbustiva (f. 21)
Ramos estriados, estípula triangular  (f. 22)
Ramo seríceo (f. 23)

Leguminosae, Papilionoideae, Phaseolae, Macroptilium (Benth.) Urb. 1928. 17 espécies (Lewis et al. 2005).

No Brasil ocorrem 12 espécies das quais duas são endêmicas (Snak et al. 2022).

Macroptilium (Benth.) Urb. 
Erva ereta ou trepadeira; ramos volúveis, glabra ou com indumento, inerme. Estípulas basifixas, persistentes. Filotaxia alterna-espiralada. Folhas trifolioladas; folíolos ovados, elípticos, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face abaxial e adaxial glabra ou indumentada, membranácea, nervação actinódroma, pecíolo maior que a raque, estipelas presentes. Inflorescência axilar, pseudorracemo; brácteas presentes, glândula presente no ápice do pedúnculo. Flores brevi-pedicelada, assimétrica, monoclina, hipógina, pentâmeras; cálice campanulado, lacínios 5, menores que o comprimento do cálice, corola papilionácea, pétalas unguiculadas, atropurpúrea, vermelha, vinho, alva, estandarte patente, alas orbiculares, quilha cocleada; androceu monadelfo, estames 10, filetes curtos, anteras oblongas, rimosas; gineceu simples, ovário séssil, pluriovulados, filete curto, glabro, estigma capitado. Fruto linear, cilíndrico, multisseminado, valvas coriáceas. Sementes reniformes, testa lisa, marmorada, hilo central.



Basiônimo: Phaseolus lathyroides L., Species Plantarum, Editio Secunda 2: 1018. 1763.

Planta subarbustiva, ereta, 60 cm de altura, pouco ramificada; ramo cilíndrico, glabro, estriado, inerme. Filotaxia alterna, dística. Folha composta, trifoliolada, folíolo ovado-lanceolado, ápice agudo, margem inteira, base obtusa, face adaxial glabra, face abaxial incana, estipela estreitamente-triangular, pecíolo com comprimento 3 vezes maior que o comprimento da raque. Inflorescência axilar, racemo, pedúnculo muito longo, linear. Bráctea estreitamente-triangular. Botão falcado, verde, membranáceo. Flor subséssil, grande, monoica; cálice campanulado, bilabiado, lacínios 5, triangulares; corola 5, pétalas unguiculadas; estandarte orbicular, curvado, vinho-esbranquiçado; alas orbiculares, atropurpúreas, quilha cocleada, envolvida no tudo estaminal; androceu 10, diadelfo, tubo branco, colceado, branco, filetes curtos, anteras oblongas, amarelas, rimosas; gineceu 1, ovário súpero, séssil, pluriovulado, linear. Fruto legume, linear, cilíndrico, valvas castanhas, incano, plurisseminado. Sementes oblongas, plana, testa dura, lisa, marmorada, hilo ovado, subcentral.

Comentários

Esta espécie é facilmente reconhecida pelo hábito ereto, estípulas estreitamente-triangulares, folíolos ovado-oblongos e inflorescência axilar, racemo linear. Apresenta variação morfológica com relação a presença de tricoma que pode está presente ou ausente.
 Na Paraíba ocorre bastante em João Pessoa nos terrenos baldios, são plantas glabras enquanto que os materiais coletados em Sousa são híspidos.
Muitas vezes é listada como planta invasora de plantações.

Nome popular: Feijão de rola

Fotos: Rubens Teixeira de Queiroz, Rua José Martins, Barão Geraldo, Campinas, São Paulo, Brasil.

Referências

-Amorim, L.D. et al. Fabaceae na Floresta Nacional (FLONA) de Assú, semiárido potiguar, nordeste do Brasil. Rodriguésia [online]. 2016, vol.67, n.1 [cited 2021-04-24], pp.105-124.

-Barroso, G.M. Sistemática de Angiospermas do Brasil. UFV. Viçosa. 1991. 377p. v2.

-BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: https://doi.org/10.1590/2175-7860201566411 ).

-Costa, R.K.A.; Queiroz, R.T. 2019. A tribo Phaseoleae (Leguminosae, Papilionoideae) na mata do
Buraquinho, João Pessoa, Paraíba – Brasil. In book: Serie iniciados 21. Edition: 21. Editora ufpb

-Ducke, A. 1953. As Leguminosas de Pernambuco e Paraiba. Mem. Inst. Oswaldo Cruz 51: 417–461.

-Lewis, G.; Schrire, B.; Mackinder, B. & Lock, M. 2005 Legumes of the World. Kew, Royal Botanic Gardens

-Lewis, G.P. 1987. Legumes of Bahia. Royal Botanic Gardens, Kew. 369p.

-Lima, J.R. & Mansano, V.F. (2011) A família Leguminosae na Serra de Baturité, Ceará, uma área de Floresta Atlântica no semiárido brasileiro. Rodriguésia 62: 563–613.

-Moura, T.M. Macroptilium in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: . Acesso em: 14 Mai. 2015

-Queiroz, L.P. 2009. Leguminosas da Caatinga. Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. 467p.

-Queiroz, R.T. 2021. Fabaceae do Cariri paraibano. Nova Xavantina, Editora Pantanal. 630p.

-Ribeiro, C.L. Estudo taxonômico do gênero Macroptilium (benth.) Urb. (Leguminosae: Papilionoideae) no Brasil [dissertação]. Feira de Santana: Universidade Estadual de Feira de Santana UEFS; 2022.

-Ribeiro, C.L.; Queiroz, L.P. e Snak, C. 2017. Flora Da Bahia: Leguminosae – Macroptilium (Papilionoideae: Phaseoleae). Anais dos Seminários de Iniciação Científica. N. 17. http://dx.doi.org/10.13102/semic.v0i21.2170


-São-Mateus, W.M.B.; Cardoso, D.; Jardim, J.G. & Queiroz, L.P. 2013. Papilionoideae (Leguminosae) na Mata Atlântica do Rio Grande do Norte, Brasil. Biota Neotropica 13: 315-362.  https://doi.org/10.1590/S1676-06032013000400028.

-Snak, C., Miotto, S.T.S., & Goldenberg, R. 2011. Phaseolinae (Leguminosae, Papilionoideae, Phaseoleae) no estado do Paraná, Brasil. Rodriguésia, 62(3), 695-716https://doi.org/10.1590/2175-7860201162314

Exsicatas


Herbário K e P